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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Colégio Catarinense, uma história inacabada


O Colégio Catarinense – instituição escolar da Companhia de Jesus, que por cem anos vem oferecendo ensino, quase sempre, aos filhos da elite letrada e dirigente do Estado de Santa Catarina – iniciou suas atividades escolares em 15 de março de 1906. Sua emergência, em regime de internato e externato masculino, vinha da ineficácia do governo em garantir um instituto de ensino secundário público em Santa Catarina e da vontade da hierarquia católica em assegurar um colégio sem as feições liberais da Primeira República. Havia, outrossim, o receio também de que os protestantes estabelecessem um colégio e “pervertessem a ordem político-católica”.1

O contexto republicano havia permitido que as disputas religiosas fossem travadas em campo aberto. Todavia, fossem quais fossem as razões e os jogos de poder envolvidos2, quiseram a hierarquia católica local e o governo do Estado garantir uma instrução com contornos modernos, civilizados, católicos e europeus. Civilizar as futuras lideranças políticas do Estado era a palavra de ordem, com o propósito de preparar jovens para cumprir os deveres de perfeitos cidadãos do Estado e da pátria. E assim, esperavam-se firmar na masculinidade branca e rica o domínio da esfera pública e a direção da utopia civilizadora.

Trazer os jesuítas de São Leopoldo (Rio Grande do Sul) e da Alemanha era, portanto, a condição sem a qual esse ideal poderia estar comprometido. Oportunizar a civilização e a catolicidade romana, dizia o vigário geral de Florianópolis, padre Francisco Topp, natural de Warendorf (Alemanha), dependia das ordens religiosas européias e das escolas. E o Colégio Catarinense, fundado pelos jesuítas da missão alemã, veio a se transformar no espaço privilegiado de formação e preparação de um novo sujeito.
O Colégio Achieta e a Unisinos também pertencem ou pertenciam aos Jesuitas.
Uma professora da Faced Ufrgs disse em suas aulas que a Unisinos foi vendida para o Banco Santander.

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