Sua cidade no Globo

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Greve do Magistério Gaúcho, até quando ?


Em assembleia geral na tarde desta sexta-feira no Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre, os professores aprovaram greve do Magistério do Estado a partir da próxima segunda-feira por tempo indeterminado. Ao todo, cerca de 4 mil professores participaram do encontro.

Professores aprovaram greve nas escolas estaduais a partir da próxima segunda-feira, por tempo indeterminado. Você concorda?

Ao longo desta semana, em encontros regionais, a maior parte dos núcleos do sindicato já havia se mostrado a favor da interrupção das atividades.

Na assembleia desta sexta, algumas vertentes da entidade defenderam paralisação em março, no começo do ano letivo de 2012. No entanto, a maioria votou na interrupção das atividades a partir desta sexta — na prática, segunda-feira.
Nada de Marisa Formolo, Raul Pont, Elvino Bohn Gass , Dionilso Marcon ou Stela Farias , presenças constantes nas assembleias na época do governo Yeda Rorato Crusius .
Por volta das 16h10min, depois da decisão, os professores seguiam em uma caminhada até o Palácio Piratini, na Praça da Matriz, onde pretendem fazer um ato público.
Jair Soares nos anos 80 chegou a pagar 2,5 salários mínimos de piso.
Pedro Simon retirou.
Raul Pont era aplaudido nas greves de então.
Hoje com Tarso Governador ( autor do piso) Raul Pont não luta pelo piso.
Viva a Revolução dos Bichos.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Orquídeas de Joinville


Desde que os primeiros imigrantes chegaram a Joinville, SC em 1851, o cultivo de flores sempre foi um costume adotado pelos habitantes da mais simpática e acolhedora cidade catarinense. No início do século passado, em 1906, o município recebeu por parte do governo Afonso Pena, o título de "Cidade Jardim".

Hoje Joinville é carinhosamente chamada de "Cidade das Flores".

O solo e o clima propício da região, fizeram com que cada morador cultivasse seu jardim com muitas flores, prática mantida até hoje em grande parte da cidade.

Com o passar do tempo, os imigrantes começaram a recolher orquídeas em meio a Mata Atlântica, no trecho exuberante da Serra do Mar. Em 1936, o hábito de cultivar orquídeas já tinha grande número de adeptos, então os orquidófilos decidiram expor as orquídeas para os amigos, fundando assim a Exposição de Flores & Artes (EFA). A primeira edição foi realizada de 28 de novembro a 2 de dezembro de 1936.

A singela exposição de orquídeas transformou-se numa grande exposição de Orquídeas e Plantas Ornamentais, onde se agregou um projeto paisagístico. Toda a criatividade dedicada à festa, teve por merecimento várias premiações de nível nacional como evento turístico.

A Festa das Flores nos dias atuais

Com o passar dos anos este costume se expandiu e surgiu a primeira Festa das Flores de Joinville, uma exposição de Orquídeas e Plantas Ornamentais incentivada pela Agremiação Joinvillense de Amadores de Orquídeas (AJAO), com o objetivo de reforçar a idéia de reunir em um só local as várias espécies de orquideas e flores cultivadas.

Hoje no contexto da exposição estão agregados outras manifestações culturais, música, dança, concursos, folclore, arte e eventos. ESPAÇO CULTURAL: O canto, o teatro e a dança fazem parte da programação. Um show de alegria todos os dias.

OS IDOSOS SE DIVERTEM: Em clima de total descontração, os idosos se divertem durante todo o dia na Expoville. A programação inclui atividades especiais, exposição, música e dança típica

CARAVANAS ESCOLARES: Estudantes da rede pública e particular da cidade visitam a festa e participam das oficinas didáticas organizadas por várias entidades.

MERCADO DE PLANTAS: É a oportunidade do visitante levar uma lembrança viva da festa, adquirindo belas e raras espécies de flores e plantas diretamente do produto

CONCURSO DE JARDINS: O concurso acontece durante a realização da festa, estimulando o joinvilense a manter seus jardins sempre floridos.

A exposição da Festa das Flores já teve como locais:

* 1.936 a 1.958 - Sociedade Harmonia Lyra
* 1959 - Prédio da União do Comércio
* 1.960 a 1.969 / 1.973 / 1.976 a 1.977 - Sociedade Ginástica de Joinville
* 1975 - Catedral Diocesana de Joinville
* 1970 a 1972 - 1974 - 1978 a 2002 - Pavilhão da Expoville
* 2003/2004 - Expocentro Edmundo Dobrawa
* 2005 - Pavilhão da Expoville
* 2006 - MEGACENTRO

Até o ano de 1.969 a exposição teve o nome de Exposição de Flores, e a partir de 1.970 passou a ser chamada de Festa das Flores, nome dado pelo Sr. Ramiro Gregório da Silva.

LOCAL OFICIAL DO EVENTO DESDE 2005
O local oficial do evento desde 2005 ( exceção 2006) é no Complexo da Expoville na Rua Quinze de novembro 4315.

Falei de Flores


Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores
Geraldo Vandré
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Quem diria, o PT se uniu com a Burguesia


Quase meia noite na Av João Pessoa em Porto Alegre.
A apuração da eleição 2011 do DCE da UFRGS não acaba.
As 5 chapas estão representadas na apuração e nas manifestações do lado de fora do prédio de economia.
A chapa 1 do PSOL mais PSTU vence com margem muito pequena da chapa 2 de Renan Arthur Pretto da gestão de 2010.
A chapa 5, PT e dissidentes do Psol fica em terceiro.
A chapa 3, PT + PCdoB fica em quaro.
A chapa 4 do Régis, ex advogado do MEL, fica em quinto mas foi esta chapa que decidiu a eleição pois fez mais que a diferença entre primeira e segunda colocada.
Resultado final das eleições DCE UFRGS 2011
Chapa 1 É Primavera Ufrgs - 1802 votos
Chapa 2 DCE Livre (PP, PSDB, PMDB, PTB) – 1733 votos
Chapa 3 UFRGS não pode parar – 558 votos
Chapa 4 DCE Livre (Dissidentes da 2, DEM) – 102 votos
Chapa 5 Para Além dos Muros – 1054 votos
Total: 5280 votos

terça-feira, 8 de novembro de 2011

PM diz ter encontrado garrafas de coquetel molotov na reitoria da USP


A Polícia Militar informou ter encontrado sete garrafas de coquetel molotov, seis caixas de rojões e um galão de gasolina no prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) que estava ocupado por estudantes desde o dia 2. Na madrugada desta terça-feira (8), a PM cumpriu uma determinação judicial de reintegração de posse e deteve cerca de 70 estudantes.

Segundo a corporação, os alunos picharam paredes, danificaram móveis, computadores e até caixas eletrônicos de uma agência bancária que funciona dentro da reitoria. Os estudantes detidos - 24 mulheres e 46 homens - foram levados para a central de flagrantes do 91º DP (Ceasa), na Zona Oeste de São Paulo, onde será registrado um termo circunstanciado por danos ao patrimônio público.

No entanto, o delegado disse que se a universidade registrar um boletim de ocorrência de dano ao patrimônio, eles só serão liberados mediante pagamento de fiança. A USP informou, por volta das 9h30, que registou queixa por dano ao patrimônio. O delegado informou ainda que, por conta do número de alunos, cinco 5 serão ouvidos de cada vez.

Por volta das 8h45, o Batalhão de Choque continuava posicionado em toda a Cidade Universitária, onde deve permanecer até que a desocupação seja concluída. As aulas foram canceladas nesta terça. Após a perícia checar quais foram os danos, o policiamento diário no campus será mantido, informou a coronel Maria Yamamoto, porta-voz da PM. Cerca de 400 homens e 50 carros da corporação estavam no campus pouco antes das 7h. No horário, não havia sido registrado confronto entre estudantes e policiais. Os policiais usaram apenas escudos e cassetetes e não havia enfrentamento.

Questionada sobre o efetivo policial empregado na operação de reintegração, a coronel afirmou que a quantidade se fez necessária "para que a operação acontecesse na maior tranquilidade possível". Segundo ela, 2 carros da Polícia Militar foram danificados.


Policiais usaram cassetetes para abrir portão e
entrar no prédio da reitoria da USP na madrugada
(Foto: Reprodução/TV Globo)As equipes do 2º Batalhão de Polícia de Choque (BP Choque) deixaram o quartel da corporação, na região da Luz, Centro de São Paulo, por volta das 4h30 e chegaram 40 minutos depois à Cidade Universitária, onde iniciaram a reintegração. Eles usaram cassetetes para arrombar as portas do prédio da reitoria.

Um grupo gritava palavras de ordem contra a presença da PM e houve correria de manifestantes com paus e pedras em mãos. A PM usou 2 helicópteros na operação.

Os universitários decidiram em assembleia realizada na noite desta segunda (7) manter a ocupação. A decisão de cerca de 350 alunos ocorreu por volta das 23h, horário em que expirou o prazo dado pela Justiça para a desocupação. A assembleia também rejeitou propostas levantadas na reunião entre reitoria e estudantes, realizada na tarde desta segunda.

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Magno de Carvalho, criticou a ação da PM. “A gente não imaginava que pudessem montar um aparato de guerra como esse. Nem na ditadura vimos isso. Acho que eles mexeram em uma casa de marimbondos. Isso aqui vai virar um inferno. É uma coisa absurda, uma força desproporcional para a quantidade de estudantes lá dentro”, disse.

Negociação
Na tarde desta segunda, os estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) ouviram as propostas feitas por dois representantes da reitoria, após reunião de mais de 3 horas, e convocaram uma plenária para deliberar sobre elas.

De acordo com o professor Wanderley Messias da Costa, que representa a direção da universidade, a reivindicação dos alunos de revogar o convênio com a PM para fazer a segurança do campus está “fora de questão”.

Ele disse que a proposta era criar dois grupos de trabalho mistos (composto por alunos, representantes da reitoria e servidores) para “falar em aprimoramento de um policiamento comunitário no campus, com respeito aos direitos humanos” e outro para examinar os processos abertos contra estudantes e funcionários da USP. “Esse grupo examinará os processos para avaliar caso a caso como será o procedimento.”

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Chapa 4 DCE LIVRE UFRGS


Eleições dias 8, 9 e 10 de Novembro
Chapa 4, a boa surpresa.
O Movimento Estudantil Liberdade foi criado no início de 2006 por Anderson Teixeira Gonçalves (Contábeis), Gabriel Afonso Marchesi Lopes (Ciências Atuariais), Nádia Lopes (Economia), Régis Antônio Coimbra (Direito) e Oliver Linchen (Economia), estudantes que não se sentiam representados pelos militantes esquerdistas que há muito tempo dirigem o DCE da UFRGS e que ocupavam todos os cargos de Representação Discente nos Conselhos da Universidade (Militantes estes que falam em nome de todos sem consultar ninguém e defendem idéias que ninguém concorda. DCE este que não presta contas aos seus representados, nem das ações desenvolvidas, nem das receitas e despesas da entidade).


Já no início de 2006, o MEL levantou a proposta de que o DCE deveria ter Prestação de Contas mensal, com os dados publicados mensalmente no site da entidade e nos murais da Universidade.


E, aos poucos, fomos mostrando que o DCE, na verdade, é aparelhado por uma verdadeira máfia político-partidária que usa a entidade apenas como fonte de recursos para seus partidos.


Outra importante bandeira levantada pelo MEL foi a defesa da pluralidade, pois o DCE, sendo uma entidade que deveria representar todos os estudantes da Universidade, não poderia continuar sendo usado por um único partido-político, excluindo quem pensa diferente.


Por fim, a necessidade de que o DCE deixasse de ser apenas uma entidade meramente “reivindicatória”, que apenas reclamava à reitoria e ao governo, mas que organizasse ações que trouxessem benefícios concretos aos estudantes da UFRGS. Ou seja, deveria se tornar uma entidade “DE RESULTADOS”.


Estava, então, formada a plataforma que deu origem ao MEL, baseada em 3 (três) princípios:
- Pluralidade;
- Transparência (Prestação de Contas);
- Benefícios.


A partir daí o Movimento não parou mais de crescer.


2006, o primeiro ano


No seu primeiro ano, o MEL começou a construir sua história, denunciando as irregularidades cometidas pela máfia esquerdista no DCE da UFRGS.


A partir de uma comunidade de estudantes da UFRGS num site de relacionamentos da internet, o MEL começou a se organizar, levando as idéias do Movimento aos colegas da Universidade. E também foi criada a comunidade do movimento Estudantil Liberdade no Orkut, que vem crescendo dia-a-dia, até hoje.


Foi graças às denúncias apresentadas pelo MEL, que o Ministério Público Federal entrou com uma Ação Criminal contra os mafiosos esquerdistas do DCE por lavagem de dinheiro, desvio e mau uso de verbas públicas, uso de falso contador e fraude ao fisco. Processo este em que a Justiça Federal concedeu uma decisão indicando a existência destes crimes.


No final do ano, o MEL organizou a Chapa DCE LIVRE: O Estudante em 1º lugar!, que concorreu ao DCE e Conselhos de Representação Discente da UFRGS.


Esta Chapa enfrentou um campanha difícil, com pouquíssimos recursos, onde a situação (formada por militantes do PSOL) controlavam a Comissão Eleitoral, que foi completamente decisiva em favor da chapa situacionista. Ou seja, uma eleição totalmente fraudada, onde as urnas eram abertas apenas onde a situação fazia votos e, nos demais locais, quando havia urna faltavam cédulas, que quando haviam cédulas a Comissão Eleitoral e os militantes esqeurdistas davam um jeito de fechar a urna.


RESULTADO: A situação venceu a eleição, mas a Chapa do MEL fez 1.072 votos, dando um susto e mostrando que as idéias do grupo tinha forte aceitação em grande parte da Universidade. E o resultado da eleição foi parar na Justiça, por diversas denúncias de fraude cometidas pela Comissão Eleitoral, que apoiava a chapa de situação.


Mas o MEL se manteve, se organizou como forte grupo de oposição à máfia do DCE e continuou crescendo.


2007, o ano das cotas


O MEL começou o ano trazendo um benefício aos estudantes da UFRGS: Carteira de Meia-Passagem por apenas R$5,00 pila aí ó!


Se contrapondo aos R$9,00 cobrados pelo DCE, que não presta contas aos estudantes e é usado como fonte de recursos para financiar grupos político-partidários, o MEL realizou uma parceria com a União Estadual dos Estudantes (UEE/RS) e abriu um posto com carteirinhas por apenas R$5,00.


Além disso, o MEL realizou diversas ações de integração, como um churrasco, festas, sessões de vídeo, encontros e até uma Campanha do Agasalho em conjunto com vários Diretórios e Centros Acadêmicos durante o inverno de 2007.


O MEL também continuou disputando espaços dentro da Universidade, ganhando eleições em importantes DAs e CAs.


No final do primeiro semestre, foi levado ao Conselho Universitário (CONSUN) um projeto de implementação de cotas, garantindo 30% de vagas na UFRGS para estudantes egressos de escolas públicas, sendo metade destas reservadas para quem se declarar negro (Cotas Racistas).


O MEL foi o único grupo da UFRGS que se posicionou CONTRA as COTAS e criou o Movimento Contra as Cotas na UFRGS.


Consideramos as cotas uma medida racista, que não resolve nenhum problema para o qual e propõe e ainda cria uma série de outras distorções na Universidade. Entendemos que esta medida artificial só serve para o governo se omitir da sua responsabilidade frente à péssima qualidade de ensino do país. Além do mais, as cotas quebram com o princípio do mérito e destroem com a excelência, que sempre foi a marca da UFRGS.
E o MEL organizou manifestações, abaixo-assinado, e foi à imprensa para pedir a realização de uma consulta à comunidade acadêmica para mostrar que a imensa maioria da UFRGS era contrária às cotas.


Mas a medida foi aprovada no CONSUN através de uma manobra do reitor, que não concedeu vistas ao Projeto à conselheira Claudia Thompson, representante do MEL.


Foi então que, no segundo semestre, ocorreu mais um processo de fraude eleitoral para o DCE e RDs.
O MEL bem que defendeu que as eleições fossem realizadas com a máxima lisura, mas este não era o interesse dos militantes esquerdistas.


Propomos a realização das eleições de forma eletrônica, através do Portal do Aluno, no site da UFRGS na internet, o que foi negado.


Protocolamos um documento entitulado "Interesse Público nas Eleições do DCE", no qual propomos medidas como: urnas em todos os cursos, durante o mesmo período de tempo; direito aos fiscais de chapa acompanharem as urnas e rubricarem as cédulas; fornecimento de cédulas e envelopes em número suficiente em todas as urnas; entre outras questões que também foram negadas por motivos óbvios.


Estava clara a intenção (má-intenção) de realizar uma eleição que desse, a qualquer preço, a vitória à mesma máfia que controla há anos a entidade.


E tudo ocorreu conforme o "script", com urnas sendo abertas apenas onde a chapa de situação fazia mais votos, falta de urnas, cédulas e envelopes onde a oposição levava vantagem, decisões da Comissão Eleitoral prejudicando a campanha, a fiscalização e a participação da Chapa do MEL (DCE LIVRE: Porque MUDAR é preciso!).


RESULTADO: A chapa de situação se manteve no DCE, mas o MEL fez 1.657 votos e elegeu diversos representantes nos RDs, avançando e polarizando a disputa na Universidade.


Bem (mal) que a Comissão Fraudadora Eleitoral tentou impugnar a Chapa do MEL ao CONSUN, mas garantimos nossa eleição na Justiça. Então o DCE realizou um cálculo "diferente" e "subtraiu" uma vaga da oposição no CONSUN, mostrando que a falta de democracia e o apego ao poder são as marcas da máfia do DCE.


E mais uma vez fomos à Justiça para garantir o direito de que os votos dados à oposição fossem respeitados e que todos os nossos conselheiros eleitos ao CONSUN pudessem tomar posse dos seus mandatos.


2008, a defesa da EXCELÊNCIA e do MÉRITO


Ainda sob a marca das COTAS, 2008 começa com uma pauta bem definida. E a Universidade se divide entre dois projetos antagônicos: a defesa da excelência e do mérito de um lado (MEL) e a demagogia da popularização da Universidade de outro (grupos esquerdistas/DCE).


E o MEL, crescendo e avançando, continua construindo a sua história

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Acertos e erros da Feira


A feira do livro de Porto Alegre cresceu muito.
E com muito dinheiro do governo, das empresas, dos livreiros e do povo.
A área infantil no cais do porto é a melhor noticia de sucesso dos últimos anos. E agora, dela podemos ver os catamarãs, barcos que fazem a travessia até à cidade de Guaíba. Também tem o teatro sancho pança com boas apresentações.
E na praça da Alfandega e arredores?
O setor de informações só ficou pronto no quarto dia de feira.
O cartão do professor de R$55,00 elaborado pela equipe do prefeito Fortunatti não funciona em todas as bancas.
A Tenda de Passárgada apresentou uma linda performance dos músicos de Milton Nascimento para abrilhantar o lançamento do livro Travessia.
Os remanescentes do grupo Trotskista Causa Operária vendem seu jornal a 1 real contra a vontade do presidente da câmara riograndense do livro João Carneiro.
O santander está bem organizado e o memorial também.
A editora da Ufrgs continua com o super sucesso dos saldos. Um livro por 2 e três livros por 5.
A editora Martins livreiro vende 5 livros por 3 reais.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Florêncio Guerra


Florêncio Guerra
Luiz Carlos Borges

(Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo
Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo
Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo)

Florêncio guerra das guerras do tempo em que seu cavalo
Pisava estrelas nas serras pra chegar antes dos galos
Florêncio guerra das guerras do tempo em que seu cavalo
Pisava estrelas nas serras pra chegar antes dos galos
Florêncio afiou a faca pensando no seu cavalo
Florêncio afiou a faca pensando no seu cavalo

(Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo
Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo
Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo)

Parceiros pelas lonjuras na calma das campereadas
Um barco em tardes serenas um tigre numa porteira
Pechando boi pelas primaveras sem mango sem nazarenas

(Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo
Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo
Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo)

O patrão disse a Florêncio que desse um fim no matungo
Quem já não serve pra nada não merece andar no mundo
A frase afundou no peito e o velho não disse nada
E foi afiar uma faca como quem pega uma estrada

Acharam Florêncio morto por cima do seu cavalo
Alguém que andava no campo viu o centauro sangrado
Caídos no mesmo barro voltando pra mesma terra
Que deve tanto ao cavalo e tanto a Florêncio guerra
Caídos no mesmo barro voltando pra mesma terra
Que deve tanto ao cavalo e tanto a Florêncio guerra
O patrão disse a Florêncio que desse um fim no matungo
Quem já não serve pra nada não merece andar no mundo
A frase afundou no peito e o velho não disse nada
E foi afiar uma faca como quem pega uma estrada

Acharam Florêncio morto por cima do seu cavalo
Alguém que andava no campo viu o centauro sangrado
Caídos no mesmo barro voltando pra mesma terra
Que deve tanto ao cavalo e tanto a Florêncio guerra
Caídos no mesmo barro voltando pra mesma terra
Que deve tanto ao cavalo e tanto a Florêncio guerra

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Euclides Da Cunha: Literatura E História


Obra-prima de um gênero até hoje indefinido (mistura de registro histórico, ensaio cientifico e literatura de maior grandeza), texto fulgurante que mudou para sempre a consciência que o homem brasileiro tinha de seu próprio país, Os Sertões permanece como marco da fundação do nacionalismo crítico em nossa cultura. Tantos são os problemas que levanta, sua matéria vibrante e trágica permite tamanha quantidade de pontos de vista que, cem anos depois de publicado, o livro continua despertando controvérsias e paixões, a tal ponto que se estabeleceu nos círculos intelectuais do Brasil e do exterior uma categoria particular de estudiosos, os euclidianos. São euclidianos os que participaram em 2002, do IV Fórum de Literatura Brasileira: Os Sertões e o ensaio no Brasil, realizado em Porto Alegre. São eles que escreveram os presentes ensaios, movidos pelo mesmo ardor analítico de seu mestre, pela mesma crença no poder da razão e, inclusive, pela mesma honestidade que os leva a apontar em Os Sertões o que nele é ciência e poesia épica ou, ao contrário, mera ideologia. Editora: UFRGS Autor: GINIA MARIA GOMES ISBN: 8570258011 Origem: Nacional Ano: 2005 Edição: 1 Número de páginas: 342 Acabamento: Brochura Formato: Médio Complemento: Nenhuma

Dona Anna do Ceue


Anna Ely Pires Taborda trabalhou durante mais de 40 anos na biblioteca do Centro dos Estudantes Universitários de Engenharia (Ceue) da UFRGS. Mas nem mesmo sua aposentadoria, em 2004, afastou os estudantes desta senhora que guarda o vigor da menina do Alegrete que veio morar em Porto Alegre em 1939, com os pais, dois irmãos e uma irmã. Em seu endereço atual, um ensolarado apartamento na Borges de Medeiros, quase em frente à praça Daltro Filho, ela recebe a visita de ex-alunos como Rafael e Thiana, que hoje vivem em Manaus: “Ele veio me visitar assim que me mudei”, comenta, lembrando a última vez que Rafael viajou ao Sul.

Tanto carinho não é de estranhar, pois Thiana não é a única que ainda recorda as tardes de “conversas tão boas, tomando chá e comendo balinhas”, promovidas por dona Anna na biblioteca. “(...) Lembramos com muita saudade daqueles tempos do Ceue. Foi uma época tão boa! Sentimos muito a falta da senhora, que com o seu jeito especial fez com que nossos anos na UFRGS fossem melhores.” As cartas da estudante são tão valiosas como as placas de homenagem que Anna recebeu do Ceue e da Universidade pelos longos anos de “dedicação, amizade e paciência”. Tudo guardado em uma caixa especial trazida para a sala para ilustrar a entrevista.

Conversa que começou às dez horas da manhã de uma quarta-feira, adiando a leitura dos jornais diários, deixados num cantinho do sofá para ler mais tarde. Ao lado, o livro Uma verdade inconveniente de Al Gore também espera, mas este para ser emprestado para uma segunda amiga. É que dona Anna adora ler e continua estimulando a leitura daqueles que vivem ao seu redor. Ela tem todo um esquema de trocas de periódicos muito bem montado com outras moradoras de seu edifício: as suas assinaturas do Jornal do Comércio e da Zero Hora até o final do dia passam por suas mãos e por mais duas vizinhas, e de uma outra recebe as revistas semanais Veja e Caras. “Tem dias que não dá para ler tudo”, comenta. Isso sem falar na pasta com recortes sublinhados, todos com destino certo: “Leio uma coisa interessante e guardo para um e outro”.

Quando foi nomeada na UFRGS em 1962, já havia atuado por um ano como contratada pela diretoria do Centro de Estudantes, acumulando a função de bibliotecária e atendente da lojinha do Ceue. “Fiquei de bolicheira, como eu digo.” Quanto aos estudos, diz que não fez faculdade, mas foi aluna dos colégios Paula Soares, Americano e Júlio de Castilhos, onde cursou apenas o primeiro ano do científico: “Não entendia aquelas coisas de Química e de Física,” brinca. Antes de 1962, trabalhou por nove anos na Pan Air do Brasil, onde conheceu o futuro marido, Armando, com quem casou em 1961, falecido há 13 anos. Eles moraram durante 30 anos na avenida Independência, perto do Colégio Rosário. Não tiveram filhos, mas Anna se diz avó “postiça” do filho de seu enteado, que mora com a família no Rio de Janeiro, para onde ela e o marido viajavam todos os anos nas férias ou de visita.

Em 1991, assinou sua primeira aposentadoria, mas reassumiu como funcionária do Ceue pouco tempo depois, a pedido dos estudantes, trabalhando por mais 15 anos. Agora, “como o Lula me paga para eu ficar em casa”, ocupa parte do seu dia, que começa lá pelas 5h – quando toma chimarrão lendo os jornais na sacada –, assessorando a síndica nas lidas com o condomínio. E como tudo a volta de dona Anna tem vestígios da sua organização, característica possivelmente herdada dos anos à frente de uma biblioteca, tanto nos elevadores quanto ao lado do telefone no corredor de seu apartamento existem lembretes. Os elevadores são velhos, não podem exceder na carga, o que justifica o alerta. Há anos, a filha de uma amiga “aluga” um quarto em seu apartamento, o que explica a anotação de alguns acordos ao lado do telefone.

Só que, em nenhum momento, tais recados denotam a imposição de uma pessoa ranzinza. É difícil acreditar que alguém possa ficar triste ao lado de dona Anna, que aos 80 anos de idade não tem problemas de saúde, nem fica lamentando a vida. Encarrega-se de fazer novas cópias de chaves para vizinhos, providencia bem-feitorias no prédio, prevendo possíveis problemas futuros, como os corrimões que mandou colocar nas áreas de circulação para tantas pessoas idosas que moram no prédio. Precauções que adota consigo: evita sair à noite ou em dias de chuva “para não pegar resfriado”.

“Não sou uma pessoa depressiva, graças a Deus.” Disposição que compartilha com a vizinha Araci, nome de sua mãe, motivo que uniu ainda mais as duas, até porque Ana era o nome da madrinha de Araci. A amizade começou no dia em que foi conhecer o apartamento que estava à venda. As duas se encontraram no corredor e, depois das apresentações costumeiras, quando perceberam a coincidência dos nomes, previram o que se daria no futuro. E não erraram. “Até às 19h15min assisto TV com ela, depois volto para casa, tomo meu lanche, assisto o Jornal Nacional e vou dormir.” Boa noite, Anna. Boa noite, Araci. (Talvez leiam juntas a matéria.)