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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Triunfo, RS


Não é a primeira vez que esta cidade fica famosa por falcatruas.
O fantástico mostrou que os gaúchos roubam mais que os Nordestinos.
Paisagens espetaculares, praias de águas cristalinas compras e mais compras, diversão até a noite. Os passeios que o Fantástico mostrou têm tudo o que um bom roteiro de férias precisa ter. Mas estes turistas não deveriam estar lá.

Perguntado se teria ido a Foz para participar de um curso, o presidente da Câmara de Triunfo, Rio Grande do Sul, sai correndo.
Alunos que vão embora antes do término do curso ou nem aparecem na sala de aula são comuns, e todos recebem certificados de conclusão. Isso acontece porque a lista de presença, que serviria para controlar a freqüência, é preenchida de uma só vez, ou antes mesmo do curso começar.

A equipe de reportagem do Fantástico foi a Belo Horizonte, para um seminário promovido pelo Instituto Nacional Municipalista, o INM. A recepcionista pede para o produtor assinar a chamada no momento da inscrição: “Se quiser já rubricar tudo pra mim. Pode deixar tudo preenchido”, pede ela.

A orientação é a mesma no Recife, em outro seminário promovido pelo INM. Na chegada, o repórter Giovani Grizotti, inscrito como assessor parlamentar, é instruído a assinar presença pelos cinco dias de curso.

Com o registro antecipado das presenças, os participantes podem sair à vontade. Foi o que fez o vereador Geraldo Pereira, do PMDB de Tubarão, Santa Catarina. Ele aproveitou o curso no Recife para ir à praia.

“Eu não vou vir de lá pra vir aqui fazer um curso de vereador. Eu vim passear. Vou ali, dar uma chegada e cair fora”, afirma Geraldo, sem saber que está sendo filmado.

Por que o presidente da Câmara do município gaúcho de Triunfo corre do repórter do Fantástico Giovani Grizotti? Para entender, a equipe do Fantástico embarcou numa viagem por sete estados em busca de uma resposta: como funciona a indústria de cursos para vereadores.
Muitas vezes, os seminários existem apenas no papel e rendem a políticos e assessores diárias que passam de R$ 500.
E ainda querem aumentar i número de vereadores conforme projeto do deputado Pompeo de Mattos.
A emenda, do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), cria 25 faixas para definir o número de vereadores, proporcionalmente ao tamanho da população. Cidades com até 5 mil habitantes terão 7 vereadores. As que possuem de 15 mil a 25 mil moradores terão 9 e assim por diante. Estudo do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) aponta que a mudança elevaria em 9,9% o total de cadeiras no Brasil, em relação aos atuais 51.875 postos. Ou seja, criaria 5.159 vagas. Mas um substitutivo à PEC do ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) prevê aumento ainda maior, de 14,7%.

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