Apesar de todo o esforço e da mobilização de biólogos, da Patrulha Ambiental da Brigada Militar e bombeiros, a baleia jubarte que foi desencalhada na tarde ontem apareceu novamente presa ao banco de areia na praia de Capão Novo nesta manhã.
Segundo o biólogo Maurício Tavares, do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), o cetáceo foi visto logo cedo, às 6h. Desta vez, por estar debilitada, a probabilidade de que o animal desencalhe com vida é pequena.
— A tentativa de salvar foi feita. O fato de que ela está com a respiração abalada mostra que não há mais nada a ser feito. Mas vamos tentar descobrir porquê ela veio parar em nossa praia em uma espécie de biópsia quando ela vir a óbito — explicou Tavares.
De acordo com o Secretário de Obras de Capão da Canoa, Davenir Lima de Lima, a área está fechada pela Patrulha Ambiental desde as 8h. Isso foi feito para que curiosos não entrassem no mar e "estressassem" ainda mais o animal.
— Ela está a uns 30 metros da praia. Quase no mesmo local. O problema é que está começando a chegar gente. Já está todo mundo sabendo — explica Lima.
Desencalhe de animal com vida é raro
Segundo o veterinário e coordenador de pesquisas do Instituto Baleia Jubarte, Milton Marcondes, o último caso de uma baleia jubarte resgatada com vida ocorreu no ano 2000 em Ubatuba (SP). Outros casos foram em 1998 em Florianópolis e em 1992 em Saquarema (RJ).
Marcondes chega ao Estado ainda hoje, por volta das 12h, quando irá direto para Capão Novo auxiliar nos procedimentos com a jubarte encalhada. Não está descartada a hipótese de o animal ser sacrificado.
— As pessoas não entendem, mas às vezes uma espécie de eutanásia minimiza o sofrimento do bicho — finaliza o biólogo do Ceclimar.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
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