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quarta-feira, 28 de julho de 2010

WEG, Jaraguá do Sul

Teve até espionagem industrial em concorrente de São Paulo.


Algumas tragédias como a morte de um dos sócios o Geraldo Werninghaus em acidente automobilístico quando era prefeito de Jaraguá do Sul em 1999.


Mas houve muito trabalho na empresa que ajudou a mudar a cidade e se espalhou pelo Brasil e pelo mundo.
A fábrica de motores WEG nasceu em 1961 em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. WEG significa, em alemão, caminho. Eis aí uma boa definição da história da empresa que teve uma trajetória inovadora, planejada a partir de uma disciplina rigorosa implementada dentro da empresa

No caminho da inovação

A fábrica de motores WEG nasceu em 1961 da união de um eletricista, Werner Ricardo Voigt, de um administrador, Egon João da Silva, e de um mecânico, Geraldo Werner Werninghaus. A empresa começou na cidade catarinense de Jaraguá do Sul que, na época, contava com cerca de 20 mil habitantes. WEG, além de unir as iniciais dos sócios Werner, Egon e Geraldo, significa, em alemão, caminho. Eis aí uma boa definição da história da empresa que procurou com sabedoria traçar uma trajetória inovadora e arrojada que não aconteceu ao acaso, mas consciente dos riscos e planejada a partir de uma disciplina rigorosa implementada dentro da empresa.

A fábrica foi instalada em um prédio alugado que hoje foi comprado e abriga o Museu da empresa. Três meses depois da abertura da WEG, os sócios contabilizaram a produção de 146 motores. O faturamento arrecadado foi investido em tecnologia e foram construídos os primeiros equipamentos de produção como máquinas de injetar, rotores, forno de ferro fundido a óleo para a fabricação de tampas e carcaças. Tão logo foi possível, quatro anos depois do nascimento da WEG, houve interesse em treinar a mão-de-obra egressa da agricultura com o objetivo de melhorar a produtividade. Paralelamente buscaram a parceria com a Alemanha para o desenvolvimento de projeto de motores de nova geração e que se enquadravam dentro de normas técnicas internacionais.

Rumo à pesquisa e formação de mão-de-obra

Em 1970, já com o auxílio do então Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), a WEG começa a fabricação de novos motores e passa a exportá-los e, em 1975, atinge a marca do milionésimo motor e assume a liderança do setor na América Latina, vendendo para mais de 30 países. O projeto de expansão inclui a área de pesquisa e desenvolvimento e, a partir de 1978, é criado uma seção de normatização da produção e lançada a campanha "zero defeito" com o objetivo de implantar um fluxo de normas técnicas. Já no final da década de 70, os laboratórios físico-químico, metalográfico, elétrico, mecânico e de metrologia são agregados para formar o Centro Tecnológico com o propósito de extrair, absorver e fixar tecnologia.

A crise econômica dos anos 80 é enfrentada com ousadia apostando na melhoria da qualidade da mão-de-obra através de um plano de treinamento eficaz. O Centro de Tecnologia se volta para o desenvolvimento de produtos de ponta e a equipe de pesquisadores se debruça na documentação técnica, em testes e criação de protótipos. É incentivado o intercâmbio com os centros de pesquisa, universidades brasileiras e estrangeiras na busca da inovação. É, neste mesmo período, que a WEG passa a diversificar seus negócios e entra primeiramente nos setores da automação industrial e energia elétrica. Chega inclusive a participar da WEG Penha Pescados, mas logo se desfaz da empresa.

Para além das fronteiras brasileiras

A WEG se consolida como fornecedora da indústria pesada brasileira e mundial como a siderurgia, mineração, petroquímica, papel e celulose além de geração de energia térmica, gás, eólica ou hidroelétrica. Na virada para a década de 90, Décio da Silva, filho do fundador Egon da Silva, é eleito para a presidência da WEG e começa a implementar a internacionalização da empresa. Já em 1991, é criada a WEG Eletric Motors nos Estados Unidos com o intuito de atender os fabricantes de máquinas e equipamentos. Logo depois, vieram outros países, entre eles México, Canadá, Argentina, Bélgica, Alemanha, Inglaterra, França, Espanha, Suécia, Venezuela, Itália, Índia e Austrália.

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