Sua cidade no Globo

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Não foi um gol, foi O GOL. Valeu Escurinho



Foi contra o Atlético mineiro em 1976.
Figueroa levanta a bola no circulo central.
Tudo no ar. Dário recebe e pôe na cabeça de Escurinho que tabela duas vezes com Falcão que faz o antológico gol.
E não foi contra o Náutico da batalha dos aflitos.

27/09/2011
Nota de pesar pelo falecimento de Escurinho
O Sport Club Internacional informa com pesar o falecimento de Luiz Carlos Machado, conhecido como Escurinho. O ídolo colorado dos anos 70 estava internado no Hospital de Clínicas em Porto Alegre e faleceu, aos 61 anos, na noite desta terça-feira (27/09), devido à parada cardíaca. Multicampeão com a camisa do Inter, Escurinho costumava entrar e decidir as partidas no lendário time dos anos 70. O ex-jogador do Internacional lutava contra a diabetes e insuficiência renal. O velório ocorre desde as 4 horas da manhã desta quarta-feira (28/09) na Capela Nossa Senhora das Vitórias, no Complexo Beira-Rio.
Escurinho brilhou pelo Internacional de 1970 até 1977. Depois disso ainda teve passagens por Palmeiras, Inter de Limeira, Barcelona de Guayaquil-EQU, Coritiba, Vitória, Bragantino, Caxias, La Serna-CHI, e Avenida-RS. Pelo Inter ele conquistou sete campeonatos gaúchos e dois brasileiros, além do equatoriano com o Barcelona.
Para auxiliar o ex-atleta, o Internacional doou a renda do filme "Nada vai nos separar", sobre os 100 anos do clube, para Escurinho em 2009. Além de integrar em atividades do clube, inclusive usando seu nome para um dos mascotes dos projetos sociais.UOL.

VALEU ESCURO

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Emigrantes Brasileiros no Paraguai


A criação da Paróquia Bom Jesus do Migrante é um sinal concreto da
Igreja diocesana desejando caminhar com os migrantes e um gesto corajoso
de fidelidade ao seu carisma da Congregação dos Missionários Scalabrinianos.
A vivência desta missão exige uma análise histórica da realidade
como primeiro passo para formar a consciência da nova paróquia.
Este pequeno ensaio que oferecemos é somente um “fazer memória” elementar
fundamentado em leituras, pesquisas e escuta de pessoas, com o
objetivo de iniciar um diálogo com toda a comunidade para viver a missão
de caminhar com os migrantes.
Dentro desse contexto o trabalho aborda cinco pontos:
No primeiro ponto faz-se um sucinto resgate histórico da ocupação da região
de Foz do Iguaçu, a evolução do município e os desafios e perspectivas
atuais. Destaca-se os diversos cenários que marcaram a trajetória de Foz do
Iguaçu para uma cidade que nasceu da mobilidade humana. Inúmeros fatores
se fizeram presentes no crescimento de Foz do Iguaçu: a tríplice fronteira,
a riqueza florestal, as belezas naturais do rio Iguaçu, a construção da hidrelétrica
de Itaipu no rio Paraná e o comércio atacadista exportador.
Foz passou a ser um lugar de encontro e de escoamento; lugar pelo qual
transita mercadoria que procede do oriente, dos países do hemisfério norte
e que atende a demanda consumista do povo brasileiro. Uma cidade de
desafios, pois a necessidade de atender pessoas tão diversificadas provoca a
criatividade organizativa da cidade e a capacidade das instituições (civis e
religiosas) de desenvolver valores e ações de inserção cidadã.
Diante dessa realidade há o perigo de buscar respostas imediatistas e
isoladas sem tentar uma reflexão mais ampla e profunda. O mundo fragmentado
de Foz do Iguaçu apela por uma sabedoria que aponte e alimente
ideais. Se há uma crise de emprego, habitação, saneamento, violência,
há uma crise mais profunda que é a perda do sentido da vida: a
pessoa se torna um elemento solto, com laços superficiais e explora todas
as oportunidades sem fixar-se em nada. A crise de sentido é a fonte de
toda violência e o ambiente propício para a depressão.
O segundo ponto analisa a inserção da Igreja no “sertão do oeste paranaense”
e, especificamente na cidade de Foz. Leva a entender que o espírito
do Concílio Vaticano II e a criação da Diocese fazem acontecer “igreja
povo de Deus”. O leigo organiza-se em grupos de reflexão ou em grupos de
famílias passando efetivamente a “ser fermento de transformação na sociedade”.
O espírito missionário dos sacerdotes e das religiosas identifica
para o fenômeno da intensa mobilidade humana: imigrantes estrangeiros,
migrantes internos, retornados do Paraguai, emigrantes brasileiros para o
exterior, turistas, caminhoneiros e estudantes estrangeiros.
Partindo do Banco de Dados do Departamento de Informações Institucionais
da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu o terceiro ponto aborda
os indicadores sociais da realidade onde a Paróquia Bom Jesus do
Migrante está inserida.
O quarto ponto apresenta as cinco comunidades que compõem a Paróquia
Bom Jesus do Migrante: Nossa Senhora de Fátima, Bom Jesus do
Migrante, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Santo Antônio e Santa
Terezinha. Relata entrevistas com pessoas que participaram da origem e
organização das comunidades e apresenta dados de uma pesquisa feita
com uma parcela das famílias dessas comunidades.
O último ponto levanta indicativos de ação pastoral da Paróquia com o
objetivo de projetar caminhos para melhor servir na realidade da mobilidade
humana em nível paroquial, diocesano e da região das três fronteiras.
Aponta para o desafio de perceber a problemática da mobilidade
humana, interpretá-la (diagnosticá-la), estabelecer indicativos de ação e
deixa dois questionamentos:
· Como a Paróquia Bom Jesus do Migrante poderá vir a ser um “modelo
exemplar” de pastoral migratória para as demais paróquias da cidade
de Foz?
· Como unificar os serviços da pastoral migratória existentes na Diocese
para que possam trabalhar em rede?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Microcosmos


Microcosmos, vencedor do Strega Prize em 1997, o mais importante prêmio literário italiano, é a volta de Claudio Magris à sua casa, ao Café San Marco, às lagoas e pequenas vilas que circundam Trieste, na Itália um tributo aos anônimos que ali viveram. Nas nove histórias que compõem a obra, o escritor traça um retrato abrangente de sua cidade natal e regiões vizinhas sob uma perspectiva histórica, cultural, geográfica e filosófica. O autor usa suas habilidades intelectuais, combinando história,

O JEC não desiste


Foi suado, sofrido e dramático, mas o Joinville iniciou a segunda fase da série C com vitória. O único gol da partida saiu dos pés do lateral-direito Eduardo, aos 37 minutos da primeira etapa. A rodada do grupo F será complementada na tarde desta segunda-feira, com o jogo Brasiliense x Chapecoense, às 16 horas, no estádio Boca do Jacaré.

Apesar de estar jogando dentro de casa, foi a equipe do Ipatinga que tomou as primeiras iniciativas na partida. Destaque para o goleiro Ivan, que salvou o Tricolor em duas oportunidades no primeiro tempo. O JEC vinha trocando bem a bola, porém, não estava conseguindo se infiltrar na área adversária. Até que aos 37, depois de uma arrancada do campo de defesa, o lateral Eduardo tabelou com Bruno Rangel e finalizou com categoria no canto esquerdo do arqueiro João Carlos, para a alegria tomar conta da Arena Joinville.

No segundo tempo o Tricolor voltou mais tranquilo, e passou a explorar os contra-ataques para tentar aumentar o placar. Ronaldo Capixaba, em um chute de longa distancia, e Jailton, dentro da área, quase balançaram as redes. Nos momentos finais do jogo, o Ipatinga se lançou ao ataque para buscar o empate. Aos 35, após bate e rebate próxima a meta de Ivan, o zagueiro Linno salvou em cima da linha. Depois, em cobrança de escanteio, a equipe mineira mandou a bola na trave. Apesar do susto, o Tricolor segurou a pressão adversária e garantiu os três pontos na tabela.

O próximo compromisso da equipe é no dia primeiro de outubro, contra a Chapecoense, no Oeste do Estado.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Rio Grande Heróico e Pitoresco

Revolução Farroupilha
ANTECEDENTES

No Brasil, estávamos no período das Regências, duas correntes políticas existiam: Corrente Liberal Moderada – Chimangos que desejavam modificação do regime através de leis, e a Corrente Liberal Escoltada – Farroupilhas, que apontava como a solução a resolução.

Em 1833, quando Bento Gonçalves foi chamado ã Corte, (RJ), entrou em contato com Evaristo da Veiga e com o Padre Diogo Antonio Feijó, (futuro regente), e indica Antônio Rodrigues Braga, um moderado republicano, para o cargo de presidente da província, que por influência de seu irmão, passou para o partido conservador, rompendo com Bento Gonçalves.

Foram geradas as divergências entre o poder executivo (Fernandes Braga) e o poder legislativo; que era em sua maioria formado por deputados liberais, que acusaram Fernandes Braga de déspota por que havia mudado de partido.

CAUSAS

- Idéias de liberdade política
- Desejo de implantação do sistema republicano no Brasil com a federação das províncias;
- O descontentamento reinante aqui, pelos desastrosos e não contentáveis governos da província que eram orientados pelo império. Era o caso de Fernandes Braga.
- Um regime iníquo com excessivos impostos e taxas, cobradas pelo poder central, o Império, sobre nossa principal economia o Charque.
- Faltam de estradas, pontes e escolas;
- Dificuldades para o registro das pessoas físicas
- O desgosto do soldado gaúcho, pelo revés sofrido nos campos da Cisplatina, cuja culpa era atribuída aos comandos escolhidos, cuja culpa era atribuída aos comandos escolhidos pelo império;
- Os gaúchos já haviam participado a lança e a espada em mais de uma campanha não queriam se deixar dominar e oprimir pela corrupção imperial brasileira.

Livro Rio Grande Heróico e Pitoresco
Autor: Arthur Ferreira Filho
Série História Gaúcha 2
Editora Martins Livreiro 1985, 68 páginas

ÉPOCA 1835/1845

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Tramandaí - Teixeirinha


Tramandai,te conheci,praia do mar
Fui tão feliz no veraneio junto a ti.
Nestes meus versos, belas histórias eu vou contar
Tramandai,e o grande amor,com tanta dor eu o perdi.
Lá conheci uma sereia aqui da terra
veio da serra,se banhar no verde mar.
Enamorousse deste moço que sou eu,
e me esqueceu antes do inverno chegar.

Tramandai,eu penso em ti com alegria
e com tristeza eu penso agora naquele amor.
Ouço mormúrio do vento e o mar e a voz macia,
de uma sereia que nao nadava
só me beijava,sobre areia

ficou a praia tao deserta sem ninguem
se foi tambem com o povo meu amor
foi se o verão
veio o inverno estou sozinho
sem seu carinho para acalmar a minha dor

Tramandai,volto pra ti no outro ano
vou encontrar-me com aquele amor que eu conheci
quero abraça-la se nao me der o desengano
tramandai nos combinamos e nos casamos por ai
mas se acaso ela voltar acompanhada
desesperada ser a alma do cantor
o verde mar que é a propria natureza
para tristeza para sempre ao meu amor

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Ministério da Educação (MEC) descredenciou 198 polos de apoio presencial da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira. A universidade deverá promover o encerramento de todas as atividades acadêmicas dos polos descredenciados até 31 de dezembro.

Até o final do ano, a Ulbra terá de transferir todos os alunos para os polos de apoio presencial remanescentes (81 polos) ou para outras instituições de ensino superior credenciadas pelo MEC. Neste período, a Ulbra terá de divulgar o encerramento das atividades acadêmicas dos polos descredenciados na página interna dos alunos, no site da Ulbra, nas aulas virtuais e em correspondência eletrônica.

Em julho, uma reportagem da Rádio Gaúcha e RBS TV revelou uma investigação da Polícia Federal sobre a suspeita de que alunos da Ulbra teriam sido aprovados em cursos superiores de ensino a distância sem que as provas tivessem sido corrigidas. No dia seguinte, o MEC divulgou nota em que suspende, por medida cautelar, o ingresso de novos alunos em cursos à distância da Ulbra.

Entenda o caso:

Um ex-funcionário da universidade que revelou que, há cerca de um ano, notas estariam sendo inseridas aleatoriamente no sistema sem a devida correção das avaliações. O caso foi parar na Polícia Federal.

Com base no depoimento do ex-funcionário, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão no setor de ensino à distância da universidade, no dia 8 de julho. Foram recolhidos três malotes de provas. A falta de correção das avaliações estaria resultando em descontrole até na composição das listas de formandos.

A reportagem da RBS TV e da Rádio Gaúcha teve acesso a um e-mail enviado pela coordenadora de uma escola conveniada à Ulbra, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, pedindo à universidade que excluísse da ata de formatura os nomes de dois alunos. Na mensagem, explica que esses universitários desistiram da faculdade no segundo módulo. Ou seja, estariam se formando sem que sequer estivessem estudando.

A Ulbra, que possui 90 mil alunos no ensino a distância, garante que o erro já foi corrigido e que os nomes dos alunos foram retirados da lista de formandos. Segundo a universidade, os problemas no EAD começaram na gestão anterior, de Rubem Becker.

domingo, 4 de setembro de 2011

Soberanas da Oktoberfest de Igrejinha promovem a festa na Expointer

O Parque Assis Brasil recebeu, neste domingo (4), a visita das soberanas da 24ª Oktoberfest de Igrejinha, no Vale do Paranhana. A rainha da festa, Tassia Kehl, percorreu as ruas e pavilhões da 34ª Expointer acompanhada das princesas Taila Schäfer e Bruna Tavares, da rainha da terceira idade, a “seniorin” Nanci Brussius, e de uma ruidosa e empolgada bandinha alemã.


A 24ª Oktoberfest de Igrejinha será realizada de 14 a 23 de outubro, no Parque de Eventos Almiro Grings. De acordo com o presidente da festa, Luis Fernando Sohne, a expectativade público é de 150 mil pessoas. O lançamento oficial da festa será neste sábado (1), a partir das 19h, com shows das bandas Brilha Som e Papas da Língua.

sábado, 3 de setembro de 2011

Oktoberfest


Outubro está chegando e as Oktoberfest também.
Em Blumenau, Santa Catarina até Igrejinha no Rs.
Santa CRuz do Sul e tantas outras cidades também têm a sua festa.
Inspirada na Oktoberfest de Munique, a versão blumenauense nasceu da vontade do povo em expressar seu amor pela vida e pelas tradições germânicas. Sua primeira edição foi realizada em 1984. Consagrada como a segunda maior festa alemã do mundo, a Oktoberfest é a confraternização de gente de todas as partes.
Ela nasceu inspirada na maior festa da cerveja do mundo, a Oktoberfest de Munique, na Alemanha, que deu seus primeiros passos em 1810, no casamento do Rei Luis I da Baviera com a
Princesa Tereza da Saxônia.
Em Blumenau, a Oktoberfest está na alma do povo, faz parte da história de cada um.

Por isso outubro é um mês especial. São 18 dias de festa, em que os blumenauenses se integram com visitantes de todo o Brasil e do exterior.
E não há quem não se encante com os desfiles, com a participação dos clubes de caça e tiro ou com a apresentação dos grupos folclóricos.

A Oktoberfest de Blumenau ostenta um número admirável: em suas 26 edições mais de 17 milhões de pessoas passaram pelo Parque Vila Germânica. Isto significa que um público superior a 700 mil pessoas, em média, por ano, participou da festa desde a sua criação. O segredo para este sucesso é simples: a Oktoberfest de Blumenau é um produto que se mantém autêntico, preservando as tradições alemãs trazidas pelos colonizadores há 160 anos. E são as belezas desses traços que conquistaram o país inteiro.
À noite, é no Parque Vila Germânica que todos se encontram e fazem da Oktoberfest um acontecimento incomparável. Todas as tradições alemãs afloram na sua máxima expressão, através da música, da dança, dos belos trajes, da refinada culinária típica e do saboroso chopp.
A cordialidade do povo, a paz e a beleza da cidade também tornam a festa inesquecível.

1º Seminário Nacional de Universidade Popular - SENUP



Sexta Feira, 02 de Setembro de 2011 - Estudantes de vários estados do Brasil chegam a Porto Alegre para
lutarem por uma Universidade popular.
Se alojam na Ufrgs. Organizam limpesa, alojamento, comida e transporte.
A maioria é militante do PCB (sim ainda existe a parte que não virou PPS) e da UJC, juventude comunista.
No sábado pela manhã lotam o auditório da faculdade de Direito, templo do positivismo que teve Getúlio Vargas entre os seus alunos formados.
Os discursos lembram o passado.
Falam de Lênin, revolução, ódio ao capitalismo.
Criticam a aliança de Lindbergh Farias com Sarney.
Anunciam o almoço em frente à faculdade de educação da UFRGS.
Lembram que é proíbido drogas ilícitas no colégio de aplicação onde estão hospedados em salas de aula ( 25 pessoas em cada) e na quadra de esportes em barracas.
Manifesto: Rumo ao 1° Seminário Nacional de Universidade Popular (SENUP)!
A iniciativa de construção do 1° Seminário Nacional de Universidade Popular (SENUP), que ocorrerá nos dias, 2, 3 e 4 de Setembro na cidade de Porto Alegre – RS, é um passo importante na luta por uma Universidade que sirva ao povo brasileiro.
Compreendemos ser fundamental debater os rumos da universidade brasileira hoje. O avanço da mercantilização da educação expõe um projeto dominante no país: a ânsia pelo lucro ganha força em detrimento dos direitos fundamentais do povo brasileiro, conquistados com a luta de tantas gerações. A necessidade de privatização, decorrente da precarização destes serviços essenciais, não se dá por acaso, ou por simples “incapacidade” do Estado Brasileiro em gerenciá-los, mas por um direcionamento político muito claro, vindo de fora para dentro. O eixo estruturante da transformação da educação em mais uma mercadoria, apta a ser comprada e vendida, tem como cerne a necessidade de maximizar os lucros, decorrente da ampla crise societária que em vivemos, que ora se manifesta na economia mundial.
Esse direcionamento tem manifestações muito claras: reestruturação político-pedagógica dos currículos dos cursos de graduação, subordinando as iniciativas da universidade às necessidades do mercado, em detrimento das demandas sociais, além da fragmentação do conhecimento; entrega da estrutura física e de recursos humanos públicos para a produção de ciência e tecnologia de acordo com as necessidades da iniciativa privada, o que compromete a autonomia didático-científica das universidades; uso do dinheiro público para salvar empreendimentos universitário privados; diminuição dos recursos públicos relativos a quantidade de vagas abertas nas universidades públicas, que aumenta a precarização e intensificação do trabalho, diminui a qualidade de ensino, inviabiliza a manutenção do tripé ensino-pesquisa-extensão voltado aos interesses populares e incentiva as instituições a buscar outras fontes de financiamento paralelas ao Estado; parcos mecanismos democráticos que permitam à comunidade universitária interferir nos rumos tomados pelas instituições; etc.
A formalização deste conjunto de medidas tem aparecido em decretos, medidas provisórias, leis, todos aprovados paulatinamente, de modo a ofuscar o projeto estruturante.
Mas sendo o projeto hegemônico atual – o qual não concordamos – um projeto global, compreendemos a necessidade de contrapor a seu avanço um projeto igualmente global, mas identificado com as necessidades das amplas maiorias. Temos claro que a universidade brasileira está em disputa, e essa disputa passa pela elaboração de uma estratégia. Não podemos mais ficar somente na defensiva. Embora toda resistência seja fundamental, ela permanece sempre presa àquilo que é negado. É fundamental reestabelecer uma ofensiva no movimento universitário e popular. Identificamos debilidades na ausência de formulação estratégica por parte de nosso campo de forças, o que faz com que muitas vezes sejamos absorvidos por disputas pequenas e que nem sempre acumulam para um horizonte de transformação. Consideramos fundamental a construção deste Seminário, para que aponte princípios gerais de outro projeto de Universidade, a partir do qual possamos empreender lutas reais dentro dos diversos campos específicos que são abertos por entre as contradições da ordem existente. Em outras palavras, para reorganizar um movimento de luta, de massas, de caráter nacional, como outrora, necessitamos a elaboração de um programa mínimo e de elementos de programa máximo, que nos permita disputar a hegemonia da universidade brasileira.
Para a reorganização de baixo para cima do movimento universitário, desde a base, é preciso fazer com que toda e qualquer luta legítima (contra a privatização, a precarização, pela democratização, pela autonomia das instituições educacionais e das entidades sindicais e estudantis, manutenção e ampliação dos direitos estudantis, etc) acumule para a estratégia global de Universidade. Mesmo sendo um primeiro passo, o 1° SENUP traz elementos de que isso é possível, já que é a isso que ele se propõe. Rumo ao 1° Seminário Nacional de Universidade Popular!


OBS: para assinar o Manifesto envie um email para senup2011@gmail.com


FEAB - Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil
ENESSO – Executiva Nacional dos Estudantes de Serviço Social
ABEF – Associação Brasileira dos Estudantes de Filosofia
ExNEL – Executiva Nacional dos Estudantes de Letras
GTUP – Grupo de Trabalho Universidade Popular
MUP – Movimento por uma Universidade Popular
Levante Popular da Juventude
Juventude LibRe – Liberdade e Revolução
JCA – Juventude Comunista Avançando
UJC – União da Juventude Comunista
CCLCP – Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes
MAS - Movimento Avançando Sindical
Núcleo de Direito à Cidade – USP
PCB - Partido Comunista Brasileiro
UC - Unidade Classista
CAASO - Centro Acadêmico Autônomo de Sociologia da PUCPR
APAP - Associação Pernambucana de Anistiados Políticos
Luiz Felipe Oiticica Machado - músico e professor
CALISS - Centro Acadêmico Livre de Serviço Social (UFSC)
Movimento DIREITO PARA QUEM? - Faculdade de Direito da UERJ
CAXIF - Centro Acadêmico XI de Fevereiro (Direito - UFSC)
Falcão Vasconcellos (Luiz Gonzaga) - Geógrafo Urbanista e professor universitário - UFU
Mandato Sargento Amauri Soares - Deputado Estadual - SC
Alexandre Santos - Professor da UFG
Lucinéia Scremin Martins - Professora da UFG
Eliane Soares - Professora da UFU
Dalva Brumm - Presidente da Adessc

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Greve no IF SC



Governo não apresenta proposta e greve no IF-SC continua

Numa assembleia que contou com a presença de quase 400 sindicalizados, número superior ao registrado no dia da deflagração do movimento, os servidores do IF-SC aprovaram, ontem (31/08) à tarde, por ampla maioria, a continuidade da greve em todos os campi do Instituto em Santa Catarina. A assembleia foi realizada no ginásio do Campus Fpolis e marcou o oitavo dia da participação dos servidores na greve da rede federal de ensino iniciada no dia 1º de agosto em todo o país.


Com forte presença de alunos e em meio a um clima de nítida disposição para a luta, a assembleia começou com a apresentação de informações detalhadas sobre a greve nacional, as negociações com o governo e o quadro de mobilização nos campi do IF-SC. Destaque, nesse ponto, para a presença de representantes das Seções Sindicais ligadas ao IFC e do Coordenador do SINASEFE e membro do Comando Nacional de Greve, Ney Robson Fialho Bezerra, do Sintef-PB (Sindicato dos Trabalhadores da Educação Federal da Paraíba). Os informes das negociações e das últimas atividades realizadas em Brasília foram apresentados pelo sindicalizado Marcos Dorval Schmitz, representante da Seção Sindical no Comando Nacional de Greve e membro da Comissão de Negociação do Sinasefe.


Após o momento de informes e antes da avaliação da greve, os servidores presentes à assembleia ainda tiveram a oportunidade de acompanhar a apresentação de um estudo interessante sobre a evolução dos salários de docentes e técnicos, elaborado pelo professor Márcio, do Campus Fpolis.


Avaliação do movimento: a greve continua


Com grande volume de dados e informações sobre a greve, os servidores passaram a avaliar, em seguida, os rumos do movimento em Santa Catarina e no país. No geral, as avaliações apontaram para o nítido crescimento da greve no IF-SC e para a necessidade de fortalecer o movimento nacional e local. As análises chamaram a atenção também para o cenário de inflação alta e defasagem salarial, em contradição às políticas governamentais que priorizam a remuneração do capital, com juros altos, em detrimento da valorização do trabalho.


As avaliações, quase unânimes, não impediram, porém, que o fim da greve com retorno ao trabalho fosse apresentado como proposta, o que obrigou a mesa a colocar em votação a continuidade ou não do movimento no IF-SC. Por ampla maioria de votos e sob intensos aplausos, a continuidade da greve foi aprovada, ficando marcada nova assembleia para o próximo dia 12 de setembro, a fim de avaliar possível negociação com o governo marcada, inicialmente, para o dia 6.


Comissão Eleitoral


No último ponto da pauta da assembleia, pouco antes de saírem para o ato público no Terminal Urbano do centro de Fpolis (Ticen), os servidores aprovaram ainda a indicação de quatro nomes para compor a Comissão Eleitoral que vai organizar e conduzir as eleições para a escolha da Diretoria da Seção Sindical, biênio 2011/2013. Os outros membros serão escolhidos na próxima assembleia.


Por enquanto, a Comissão é formada pelos sindicalizados Romoaldo Rebello Siggelkow e José Márcio Coelho (Campus São José), Luciano de Azambuja (Campus Continente) e Werther Alexandre de Oliveira Serralheiro (Campus Araranguá).


A educação vai às ruas


Para encerrar bem o dia, diversos servidores foram até o Ticen no final da tarde de ontem (31/08) para participar do ato público “A educação vai às ruas”. O movimento, realizado nacionalmente, teve como principal objetivo dialogar com a sociedade sobre os motivos da greve e pedir o apoio da população ao movimento dos servidores.


Portando diversas faixas, servidores de vários campi distribuíram cerca de dois mil panfletos à comunidade.