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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Jardel traficante ?

Setenta  porcento  dos  projetos dos legisladores  é de  homenagens  e  nome  de  ruas.
Tramita, na Câmara Municipal, o projeto de lei que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao deputado Marcel Van Hattem. A proposta tem a autoria da vereadora Mônica Leal (PP). Van Hattem nasceu na cidade de Dois Irmãos, na Serra Gaúcha. É bacharel em relações internacionais e especialista em direito, economia e democracia constitucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). É Mestre em ciência política pela Universidade de Leiden, na Holanda, e mestrando em jornalismo, mídia e globalização pelas Universidades de Aarhus, na Dinamarca, e Amsterdam, na Holanda.
Van Hattem foi vereador em Dois Irmãos de 2005 a 2008 e candidato a deputado estadual por três vezes, em 2006, 2010 e 2014. Foi também presidente da Juventude Progressista Gaúcha, de 2007 a 2009, e diretor acadêmico da Fundação Tarso Dutra de Estudos Políticos e Administração Pública. Em 2015, assumiu o mandato de deputado estadual na Assembleia Legislativa gaúcha.
Conforme Mônica Leal, Marcel Van Hattem já foi repórter, articulista, e colunista eventual em publicações de alcance nacional e no exterior. Trabalhou na Câmara Federal, em Brasília, como assessor especial para relações internacionais e economia, de 2009 a 2011, e na Diretoria de Negócios Internacionais do Ministério dos Assuntos Econômicos, Agricultura e Inovação do Governo dos Países Baixos em Haia, em 2012. Van Hattem mantém empresas de consultoria política no Brasil e de assessoria para relações internacionais na Holanda.


Batizada de Gol Contra, uma operação do Ministério Público devassa nesta segunda-feira a rotina de trabalho na Assembleia Legislativa de um deputado que fez fama no futebol pela quantidade de gols marcados: Mário Jardel (PSD).
Em dois meses de apuração, tendo o deputado e ex-jogador como principal investigado, o MP apurou indícios de crimes como concussão, peculato, falsidade documental, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Também é investigado o financiamento ao tráfico de drogas com dinheiro público desviado do parlamento.
A partir dos indícios coletados na Operação Gol Contra, o MP obteve na Justiça a ordem de afastamento de Jardel das funções parlamentares por 180 dias. A medida de suspensão do exercício da função pública foi uma alternativa a um pedido de prisão temporária, já que parlamentar só poderia ser preso por crime inafiançável, segundo o MP.

Parte do dinheiro arrecadado era repassado ao irmão e à mãe de Jardel. A Justiça apurou que os assessores do deputado usavam verba pública para fins pessoais, como viagens e aluguel de casa.