Sua cidade no Globo

sábado, 30 de abril de 2011

Prostituição Em Florianópolis (1900-1940), As Decaídas


Leitura fascinante
Dados incríveis
Frete já incluído
Mercado Pago
Estado de Novo
De Ivonete Pereira
Editora da UFSC
2004 139 páginas


Neste livro, a autora estuda a prostituição em Florianópolis na primeira metade do Século XX. É como se fosse buscar na sombra do passado uma verdade que ficou escondida. Nas palavras do pesquisador Artur César Isaia, "essas mulheres tidas como ´decaídas´ emergem da lateralidade projetada pelas elites, para afirmarem-se como protagonistas de um drama urbano inacabado". Vale a pena conferir.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Falcão e o goleiro atacante


Quem contou a história foi o próprio Falcão, na sua última coletiva, no Beira-Rio. Perguntado se Renan permaneceria como titular quando Lauro estiver recuperado de lesão, o treinador do Inter disse: ”às vezes não uso muita coerência não”. E emendou uma história:

Quando treinou o América do México, de 1991 a 1993, Falcão estava com problemas para escalar o time no ataque em um jogo contra o Querétaro. Havia um goleiro reserva, Adrián Chávez, que sempre se destacava com desenvoltura nos rachões jogando de atacante. Na iminência de precisar de um atacante, Falcão conversou com Chávez para saber se ele topava usar outra camisa do time por baixo da de goleiro, caso ele precisasse o escalar na frente. O mexicano colocou-se à disposição.

Com o jogo empatado em 0 a 0, quase no final da partida, Falcão pediu para Chávez aquecer. O banco todo perguntou porquê ele trocaria o goleiro, até que Chávez surpreendeu a todos ao tirar o uniforme de goleiro e mostrar a camisa do América que estava por baixo.

Segundo Falcão, os zagueiros do Querétaro ficaram tão preocupados com a presença de Chávez (quase 1,90m) que, em uma cobrança de falta levantada na área, a bola acabou entrando direto. Resultado: 1 a 0 para o América, com a contribuição do goleiro-atacante.

Christiane Matos
Clicrbs

Para gostar de Física.


O museu de Ciência e Tecnologia da PUC RS em Porto Alegre atraí milhares todos os dias.
Organizado, didático e divertido ele encanta aos que podem pagar seu ingresso, pois os irmãos maristas não são bobos.
Tem um livro com foco no eletromagnetismo que também descreve o museu e seus experimentos.

Sobre Volta, Batatas E Fotons

. O livro contém seis capítulos - Sobre a Pilha de Volta; Eletromagnetismo Clássico; Uma Ponte Para a Física Moderna; Construção e Investigação das Propriedades da Pilhas; Indo Além da Atração e Repulsão nas Aulas de Eletrostática; Energia Elétrica Para o Terceiro Milênio.
O Museu de Ciências e Tecnologia Como Laboratório de Eletromagnetismo.
Autores:
Cláudio Galli
Adriane Moehlecke
Délcio Basso
Francisco Catelli
Izete Zanesco
João Bernardes da Rocha Filho
Luis Marcos Scolari
Marcos Salami
Ano: 2003
136 páginas

terça-feira, 26 de abril de 2011

O Biriva não morreu

Os birivas (berivas, beribas ou biribas) eram os tropeiros habitantes dos campos de cima da serra, os quais geralmente andavam em mulas e tinham um sotaque especial, diferente dos tropeiros fronteiros ou das regiões baixas do estado.

Os birivas não morrem.
deixam os caminhos, as cidades, as mulas, as tropas, as chinas.
è minha opinião
Também somos meio tropeiros
Levamos mercadorias ou os correios a levam ...

Como homengem ao Rui Biriva a letra da sua maior obra ( mesmo não falando
de Horizontina nem da Gisele )


Santa Helena Da Serra
Rui Biriva
Composição : Rui Biriva / J. Luiz Villela


Vim, vim, vim, vim, vim
No primeiro trem da linha
Que partiu de manhãzinha
De Santa Helena Da Serra
Vim, vim, vim, vim, vim
No primeiro trem da linha
E deixei tudo que tinha
Em Santa Helena Da Serra

Deixei o rio e as matas,
O luar, as serenatas
E o gosto doce da terra
Do raminho de hortelã
No chimarrão da manhã
Em Santa Helena Da Serra

Vim, vim, vim, vim, vim
Vim buscar outras riquezas
Trouxe a mala e a certeza
De que tudo era melhor
Ah meu Deus, que desencanto
Ver o povo sofrer tanto
Tanta fome ao meu redor

Hoje dói uma saudade
Pelas ruas da cidade
E que lá não doía não
Mas não vou levar as penas
Pra minha Santa Helena
Vou deixá-las na estação

Vou embora, vou embora
Vou partir na mesma hora
Vou voltar pra minha terra
Amanhã de manhãzinha
No primeiro trem da linha
De Santa Helena Da Serra

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Julinho Camargo auxiliar Técnico de Falcão


O novo auxiliar técnico permanente do Inter, Julinho Camargo, saiu do Novo Hamburgo para fazer mais do que ajudar o treinador Paulo Roberto Falcão em seus primeiros passos no lugar de Celso Roth. Com experiência nas categorias de base do Beira-Rio e também do Olímpico, Julinho contou nessa terça-feira que foi contratado também para ser um elo entre as categorias de base e o time principal.

"Fui convidado como auxiliar técnico permanente do clube e esse foi um dos motivos para aceitar. A minha função é dar suporte ao treinador do clube, que no caso, hoje, é o Falcão", afirmou o novo funcionário do Inter. "Mas minha figura também vai ser muito importante para fazer um link com as categorias de base e quero abrir esse caminho para os jovens jogadores", salientou.

Apesar da "dupla função" especificada pelos dirigentes, Julinho não quis detalhar como será o processo de preparação dos jovens para entrar no time principal. Ele não comentou, por exemplo, uma nova tentativa de criar um Inter B, experiência encerrada pelo vice-presidente de futebol, Roberto Siegmann, após o fracasso no primeiro turno do Gauchão.

"Fui contratado para trabalhar no profissional e para fazer o elo com os garotos, mas como o clube vai proceder neste sistema tem que ser alguém da direção para responder", relatou o auxiliar técnico. "Independentemente de tudo, o mais importante é dar suporte ao treinador para que consiga fazer um bom trabalho", ponderou Julinho.

Sobre a convivência com Falcão, o auxiliar explicou que está tendo sua primeira convivência direta com o treinador. "Estou muito feliz em servir o Falcão e espero fazer jus ao nosso técnico. Estamos convivendo há pouco tempo, mas estou muito contente com os pensamentos dele, acho que ele tem uma liderança nata", afirmou.

Primeira polêmica da gestão Falcão, o primeiro treino fechado tem uma razão, segundo o profissional. "O início do trabalho de um treinador, em que ele quer colocar seu modo de pensar, tem que ser preservado, ainda mais às vésperas de dois jogos importantes. "Por isso fizemos o treino em duas partes, no início fechado e, depois, aberto", explicou.
Fonte Marloon Goethel

terça-feira, 19 de abril de 2011

Histórias Para Sorrir Barbosa Lessa


O legado de Barbosa Lessa
Conheci Nilza Lessa na casa de uma amiga. Logo no primeiro encontro, presenteou-me com os livros República das Carretas e Rio Grande do Sul, Prazer em Conhecê-lo. Duas obras de Barbosa Lessa que foram reeditadas e que são distribuídas gratuitamente à população pelo Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore. Recentemente, Dona Nilza me convidou a sua casa e, para minha surpresa, fui novamente agraciado com uma caixa contendo outros seis títulos, reeditados em 2005: São Miguel da Humanidade, Antologia Pessoal, Prezado Amigo Fulano, Garibaldi Farroupilha, Histórias para Sorrir e Os Guaxos. Os dois primeiros livros foram lidos em uma semana. Os outros, aos poucos, vão sendo vencidos.

Descobri que o Legado de Barbosa Lessa permanece vivo não só nas mais de 60 letras de músicas que compôs e nos 63 títulos publicados ao longo de seus 72 anos de vida. A filha Valéria Lessa Shalit, que migrou para os EUA, nos anos 80, onde se casou com Glenn Shalit, contribui para a divulgação das obras do pai em Nova Jersey, onde dá aulas de danças gaúchas. Seus dois filhos também seriam o orgulho do avô se este estivesse vivo. Na última visita ao Brasil, em 2009, dançaram com o grupo juvenil do CTG 35, acompanhando as apresentações até o final. Uma foto de Caio, 13 anos, e André, 10 anos, ambos “pilchados”, merece destaque na parede do corredor do apartamento da avó, localizado no último andar de um prédio da Rua Riachuelo, no Centro Histórico de Porto Alegre. Dona Nilza voltou para a capital, em maio de 2002, dois meses após o falecimento de Barbosa Lessa. Desde 1986, moravam em uma bonita propriedade rural de 15 hectares no interior de Camaquã. O Sítio Água Grande, com uma bela cachoeira de 65 metros , foi comprado pela prefeitura e aberto à visitação pública. A residência permaneceu com boa parte da mobília e foi transformada em museu. Algumas peças ficaram com Nilza e hoje decoram seu apartamento, como os roupeiros de sucupira, datados de 1922, que pertenceram à sua sogra e a bacia de prata onde Lessa foi banhado quando nasceu.

Na capital, o filho Guilherme, de 50 anos, visita Dona Nilza, semanalmente. Aos 78 anos, ela mantém atelier em casa e continua dedicando-se ao artesanato. Suas colchas, almofadas e travesseiros confeccionados em patchwork e fuxico são vendidos também em outros estados e já ganharam o mundo. As peças, representativas da fauna local, valorizam os bichos do mar de dentro, que vivem próximo às lagoas. Em setembro, na Semana Farroupilha, merecidamente, pelos seus serviços prestados ao tradicionalismo, receberá o Troféu Mulher RS 2010, concedido pelo Governo do Estado.

Publicado no Correio do Povo, de Porto Alegre, em 07 de setembro de 2010.

Christian Lavich Goldschmidt

sábado, 9 de abril de 2011

Carta Química


Berílio Horizonte, zinco de benzeno de 2003.
Querida Valência:
Não estou sendo precipitado e nem desejo catalisar nenhuma reação irresversível entre nós dois, mas sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por você. Sabismuto bem que a amo. De antimônio posso lhe assegurar que não sou nenhum érbio e que trabário muito para levar uma vida estável.
Lembro-me de que tudo começou nurârio passado, com um arsênio de mão, quando atravessávamos uma ponte de hidrogênio. Você estava em um carro prata, com rodas de magnésio. Houve uma atração forte entre nós dois, acertamos os nossos coeficientes, compartilhamos nossos elétrons, e a ligação foi inevitável. Inclusive depois, quando lhe telefonei, mesmo tomada de enxofre, você respondeu carinhosamente: "Proton, com quem tenho o praseodímio de falar?" Nosso namoro é cério, estava índio muito bem, como se morássemos em um palácio de ouro, e nunca causou nehum escândio. Eu brometo que nunca haverá gálio entre nós e até já disse quimicasaria com você.
Espero que você não esteja saturada, pois devemos buscar uma reação de adição e não de substituição.
Soube que a Inês lhe contou que eu a embromo: manganês cuidar do seu nobre e acredite níquel que digo, pois saiba qe eu nunca agi de modo estanho. Caso algum dia apronte alguma, eu sugiro que procure um avogrado e que me metais na cadeia.
Sinceramente, não sei por que você está a procura de um processo de separação, como se fóssemos misturas e não substâncias puras! Mesmo sendo um pouco volátil, nosso relacionamento não pode dar errádio. Se isso acontecesse, irídio emboro urânio de raiva. Espero que você não tenha tido mais contato com o Hélio (que é um nobre!), nem com o Túlio e nem com os estrangeiros (Germânio, Polônio e Frâncio). Esses casos devem sofrer uma neutralização ou, pelo menos, uma grande diluição.
Antes de deitar-me, ainda com o abajur acesio, descalcio meus sapatos e mercúrio no silício da noite, pensando no nosso amor que está acarbono e sinto-me sódio. Gostaria de deslocar este equilíbrio e fazer com que tudo voltasse à normalidade inicial. Sem você minha vida teria uma densidade desprezível, seria praticamente um vácuo perfeito. Você é a luz que me alumíno e estou triste porque atualmente nosso relacionamento possui pH maior que 7, isto é, está naquela base. Aproveito para lembrar-lhe de devolver o meu disco do KLiB.
Saiba, Valência, que não sais do meu pensamento, em todas as suas camadas.
Abrácidos do: Marcelantânio