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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Patrono estátua



A feira do livro de Porto Alegre 2010 tem Paixão Côrtes como patrono.
Juntamente com Barbosa Lessa e outros é responsável pelo moderno movimento tradicionalista gaúcho.
Defensor do tradicionalismo gaúcho, o vereador de Porto Alegre Bernarnino Vendúscolo (PMDB) prepara uma moção de apoio a Paixão Cortes, candidato à patrono da Feira do Livro de Porto Alegre. É uma resposta a outro concorrente à honraria, o jornalista e escritor Juremir Machado da Silva, que em recente artigo, afirmou estar concorrendo com a “Estátua do Laçador”. Sob o título “A Estátua e Eu”, Juremir declara que quer ser “patrono na Praça da Alfândega” e que o fundador do 35 CTG e inspirador do monumento “nunca escreveu um grande livro”.

O artigo é ilustrado por uma fotomontagem, em que o Laçador aparece ao lado de uma pilha de livros. Como se Paixão fosse a estátua, e Juremir, os livros. O articulista descreve ainda comentários feitos por jornalistas, para os quais seria um “eterno patronável”, pois já fora indicado várias vezes ao título, mas nunca escolhido.
O folclorista

Ex-aluno do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, Paixão Côrtes é um personagem decisivo da cultura gaúcha e do movimento tradicionalista no Rio Grande do Sul, do qual foi um dos formuladores, juntamente com Luiz Carlos Barbosa Lessa e Glauco Saraiva. Juntos, partiram para a pesquisa de campo, viajando pelo interior, para recuperar traços da cultura do Rio Grande.

Em 1948, organizou e fundou o CTG 35 e, em 1953, fundou o pioneiro Conjunto Folclórico Tropeiros da Tradição.

Em 1956, Inezita Barroso gravou as músicas tradicionais gaúchas Chimarrita-balão, Balaio, Maçanico e Quero-Mana, Tirana do Lenço, Rilo, Xote Sete Voltas, Xote Inglês, Xote Carreirinha, Vaneira Marcada, recolhidas por Paixão Cortes e Barbosa Lessa.

Em 1958, Paixão Côrtes apresentou-se no Olympia de Paris, no palco da Universidade de Sorbonne, no Hotel de Ville, no Teatro Alhambra, além de clubes noturnos e cabarés.

Em 1962, Inezita Barroso gravou as composições Tatu e Pezinho, recolhidas por Paixão Côrtes e Barbosa Lessa. No mesmo ano, recebeu o prêmio de Melhor Realização Folclórica Nacional. Em 1964, apresentou-se na Alemanha, na Feira Mundial de Transportes e Comunicação, na cidade de Munique. Recebeu ainda, no mesmo ano, o prêmio de Melhor Cantor Masculino de Folclore do Brasil.

Em 1986, apresentou-se durante um mês na Inglaterra, divulgando traduções de seus livros para o inglês.

Em 1992, a estátua do Laçador, do escultor Antônio Caringi, para a qual Paixão Cortes posou em 1954, foi escolhida como símbolo da cidade de Porto Alegre.

Em 2001 proferiu palestra sobre a música gaúcha no VII Encontro Nacional de Pesquisadores da MPB, realizado no Teatro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Em 2003 lançou seu novo manual, com mais danças, derivadas do primeiro. Por exemplo, Valsa da mão trocada, Mazurca Marcada, Mazurca Galopeada, Sarna, Grachaim.

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